Oi, gente! Como está a torcida nestas Olimpíadas, hein? Já escolheu seu atleta ou modalidade preferida? São mais de 11 mil desportistas participando das competições; do Brasil são mais de 300 e do Nordeste mais de 40 competidores.
Difícil escolher só um para torcer, né? E tem paraibano nesta lista. São sete atletas!
Se você ainda não conhece o time Paraíba nas Olimpíadas de Tóquio 2020, e nem as modalidades em que estão competindo, vem com a gente que vamos te deixar bem informado.
A representante de Taperoá-PB
A TA-PE-RO-A-EN-SE, Jucilene de Lima, de 30 anos, é uma das estreantes na competição olímpica no atletismo. A família foi uma grande influência para a Jucilene. Das quatro irmãs, três já competiam no atletismo.
Desde os 7 anos, Jucilene acompanhava as outras irmãs nos treinos. Entrou para uma escolinha, conheceu o lançamento de dardo e daí nasceu essa história.
No entanto, houve muita dificuldade no caminho. As dores nas costas afastaram Jucilene por um tempo das competições e treinos. Mas isso ficou no passado!
Em duas competições em que participou, no ano de 2021, conseguiu garantir duas medalhas: a de bronze no Sul-americano e a de ouro no Brayn Clay Invitional.
Jucilene não conseguiu de classificar para a final do lançamento de dardo nas Olimpíadas de Tóquio. Ela ficou na 15ª posição e apenas 12 atletas são classificados para a próxima etapa. Mas já é um orgulho grande para todos nós.
Nas redes sociais a Jucilene é a @negaju90. A paraibana é recordista brasileira de lançamento de dardo.
O que é lançamento de dardo?
O objetivo dessa modalidade do atletismo é lançar um dardo para que ele alcance a maior distância possível. Acredita-se que a origem desse esporte é pré-histórica. Provavelmente, surgiu como meio de caça ou como arma de luta.
O dardo é em forma de lança. No caso da competição feminina, ele mede 2,3 m e pesa 600 gramas.
Filha de peixe…
…peixinho é! Andressa é filha de Djanete Oliveira de Morais, ex-atleta do lançamento de disco e arremesso de peso, ou seja, o talento corre no sangue.
A atleta é de João Pessoa, capital da Paraíba, radicada em São Paulo. E ela está acostumada a bater recordes. Em 2012 bateu o recorde Sul-Americano da do lançamento de disco.
Depois veio uma lesão na coluna que a afastou dos treinos e competições. Pensou em desistir, mas ainda bem que ela se recuperou e mudou de ideia.
Em seguida, vieram outros recordes: no Troféu Brasil do lançamento de disco e novamente no Sul-Americano.
Essa é a terceira participação de Andressa nos Jogos Olímpicos (Londres 2012 e Rio 2016).
Infelizmente, Andressa não se classificou para a final na Olimpíada de Tóquio. Ela alcançou a marca de 59.90 metros com o arremesso, ficando na 13ª posição no ranking.
Se quiser acompanhar um pouco da vida da Andressa, é só seguir a atleta em suas redes sociais @andressadisco
Como funciona a modalidade de lançamento de disco?
O atleta fica dentro de uma espécie de jaula, cercada por uma rede, que tem um espaço para que o disco seja lançado. Ele só pode arremessar com uma mão, mas pode fazer impulso com o corpo e o braço e tem 3 tentativas com o objetivo de arremessar o disco o mais distante possível.
O peso do disco muda para homens e mulheres. O disco dos homens pesa 2kg e o das mulheres 1kg. Não é moleza não, viu!
A pessoense dos saltos ornamentais
Luana Lira tem 25 anos, nasceu na capital da Paraíba, mas mora em Brasília, no Distrito Federal. Ela começou a treinar saltos ornamentais aos 8 anos de idade. Os treinos começaram na Vila Olímpica Parahyba, em João Pessoa.
A atleta compete na modalidade de saltos ornamentais com trampolim de 1 e de 3 metros e no trampolim sincronizado de 3 metros.
Quais as chances de você saltar de um trampolim de 3 metros? Dá um frio na barriga só de ver, né?
Além disso, Luana tem um currículo de competições bem recheado com várias medalhas conquistadas: duas Medalhas de ouro e uma de prata na Taça Brasil de Saltos Ornamentais (2019) e o bronze no Grand Prix da FINA (2017).
A ida da jovem para as Olimpíadas de Tóquio quase não aconteceu por causa de mudanças em algumas regras. Por ser semifinalista na Copa do Mundo de Tóquio já tinha a vaga para as Olimpíadas garantida.
No entanto, faltando apenas dois meses para a competição olímpica, a Federação Internacional de Desportos Aquáticos (Fina) alegou que apenas os finalistas estariam classificados.
Mas a equipe técnica da atleta reagiu contra essa mudança e a Fina voltou atrás com a decisão e Luana enfim viajou para competir em Tóquio.
Luana já estreou nas Olimpíadas de Tóquio e não conseguiu se classificar para a semifinal do trampolim de três metros. Ela garantiu o 21º lugar nas eliminatórias. Ainda assim, uma vitoriosa, sem sombra de dúvidas!
Para conhecer mais da atleta e suas andanças pelo mundo é só segui-la nas redes sociais: @luanaalira_
Como é a competição de saltos ornamentais?
Esses saltos são feitos, geralmente, a partir de pranchas em direção à água. O objetivo é apresentar saltos controlados e com boa estética no momento aéreo. Nas disputas olímpicas, as provas ocorrem em trampolim de 3 metros e nas plataformas.
O jovem do Taekwondo
A primeira vaga do Brasil no Taekondo para as Olimpíadas de Tóquio foi conquistada pelo pessoense Edival Marques, mais conhecido por Netinho.
Ele só tem 23 anos, mas já guarda vários títulos no Taekwondo. Netinho começou treinando no bairro de Mangabeira e foi de lá que ele saiu para competir nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014 na China, onde ganhou ouro, aos 17 anos.
Daí em diante vieram mais 3 ouros, além de outras medalhas. Não bastasse isso, também é o atual campeão dos Jogos Pan Americanos e o quarto do mundo na categoria até 68 kg.
Infelizmente, a disputa dele nesta Olimpíada de Tóquio ocorreu no último domingo (25) e ele perdeu para o turco Hakan Reçber nas oitavas de final do taekwondo. Porém, Edival ainda é muito jovem e talentoso, certamente, muitas oportunidades ainda virão pela frente.
Quer saber mais sobre a vida dele, segue aí no Instagram: @netinhomarquestkd
Como é a disputa no Taekwondo?
O objetivo é fazer pontos acertando o adversário com chutes ou socos, mas eles têm que ser dados acima da linha da cintura (nas áreas cobertas pelos protetores e na área do tórax).
E uma curiosidade que talvez você não saiba: no capacete e colete do atleta existem sensores para ajudar a arbitragem a contabilizar os pontos.
Até aqui nos ajuda a tecnologia. Muito legal!
Do futebol para o vôlei
Álvaro Filho é o nosso representante no vôlei de praia nas Olimpíadas de Tóquio junto com o seu parceiro Alison (Mamute).
Aos 30 anos partiu para a sua primeira Olimpíada. Imagina aí a responsabilidade, né? E a gente aqui todo orgulhoso e na torcida, é claro.
O esporte corria nas veias de Álvaro desde pequeno. Mas a paixão mesmo era o futebol. Só que, por influência do pai, que jogava vôlei de praia, o menino foi ficando viciado no vôlei e desistiu do futebol. Sorte a nossa, né? O futebol não pode dizer o mesmo! (Rs)
O jovem atleta participou de vários campeonatos. Foi campeão brasileiro ao lado do experiente Ricardo e medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 ao lado de Vítor Felipe.
O vôlei de praia é bastante conhecido por nós e o Álvaro também. Mas se quiser acompanhar mais de perto a vida e carreira do atleta, é só clicar aqui: @alvarofilhovolei
Álvaro e Alison já conseguiram se classificar para as quartas de final depois de vencerem a dupla mexicana, Josue Gaxiola e Jose Rubio por 2 sets a 0. A próxima disputa acontece no dia 04/08 às 09h no horário de Brasília.
A dupla do futebol de campo
Vamos começar com o homem da defesa. O nome dele é Aderbar Melo, mais conhecido por “Santos”. Nascido nos anos 90, na cidade de Campina Grande-PB, de uma origem pobre, e de uma família de agricultores em Cabaceiras-PB.
Literalmente, da Roliúde nordestina para o mundo…
Santos nunca atuou no futebol da Paraíba e joga pelo Atlético Paranaense há 11 anos, no qual é um dos grandes nomes do time. Já foi convocado duas vezes para a Seleção Brasileira principal, pelo técnico Tite. Já é um campeão, né não?
E defendeu o pênalti que ajudou a garantir a vaga do time brasileiro à final nas Olimpíadas de Tóquio. Logo abaixo falamos mais sobre essa última disputa.
Rede social: @goleirosantosoficial
E agora a gente pega o ônibus de volta para João Pessoa, de onde vem o atacante Matheus Cunha, com apenas 22 anos.
O primeiro time da carreira foi o Esporte Clube Cabo Branco da Paraíba. Mas a revelação veio no Coritiba, time do Paraná. Depois pegou um voo para vestir a camisa do Sion, na Suiça e agora atua pelo Herta Berlim da Alemanha.
Até agora está numa fase incrível com uma campanha de encher os olhos. Boa sorte, Matheus e estamos na torcida para que você e Santos voltem com a segunda medalha de ouro olímpica para o futebol brasileiro.
Em uma entrevista ao portal Uol, Matheus falou um pouco de toda a sua dificuldade como menino pobre, negro e nordestino e deixou uma frase que mostra o quanto as dificuldades na vida só o fizeram mais forte:
“Eu sou preto. Eu sou paraibano. Eu falo oxe. E eu sou feliz e orgulhoso de tudo isso. É isso que eu sou!” @mathcunha_
Pois é, gente, e a final vai acontecer no próximo sábado (07), às 8h30, horário de Brasília. Vamos ter fé que vai vir ouro para a Paraíba, hein!!!